Fachada do prédio que abriga as Riggio Galleries do Dia: Beacon (Foto: internet) |
Dia: Beacon é uma das unidades
da Dia Art Foundation, instituição sediada em Nova York e dedicada a financiar, promover, apresentar e conservar obras de arte contemporânea e performances, além de fomentar o diálogo crítico. Seu objetivo inicial foi suprir uma lacuna surgida a partir dos anos 1970 com relação a financiamentos de trabalhos de caráter efêmero, site-specific ou de grandes proporções.
Uma outra unidade funciona em Chelsea e há obras e instalações distribuídas dentro e fora da cidade, em locais diversos.
Uma outra unidade funciona em Chelsea e há obras e instalações distribuídas dentro e fora da cidade, em locais diversos.
Vista aérea do local, com rio Hudson à direita (Foto: internet) |
Beacon, à beira do rio Hudson,
é a cidade onde, em 1929, a Nabisco começou a fabricar as embalagens de seus
produtos. Desativada, em 2003 a fábrica de 22 mil m² deu lugar a um dos maiores
museus do país, o Dia: Beacon. A área total do terreno é de 13 hectares e
inclui um parque beira-rio.
O prédio recebeu o nome de seu principal financiador, o empresário Leonard Riggio. As chamadas Riggio Galleries são espaços projetados especialmente para cada artista e a iluminação natural, em permanente diálogo com as obras, é garantida pelas janelas e claraboias.
É curioso imaginar a "dramaturgia" do Museu. Os critérios utilizados para a distribuição dos artistas e das obras, bem como da circulação do público e o tipo de informação que ele recebe na entrada de cada sala. Lembra um espetáculo processional, daqueles em os espectadores dirigem-se para a cena que lhes interessa e estabelece uma sequência particular. *
Podemos imaginar o tipo de sensação pretendida pela curadoria: o impacto das obras gigantescas, seguido pelo espaço sem paredes dos trabalhos ao rés do chão ou de fosso. A distância entre as peças, aquelas que podem ser vistas logo que se chega ao topo da escada e aquelas que já podem ser vislumbradas no fundo da galeria. Louise Bourgeois, por exemplo, está no primeiro andar, num pavilhão só dela. O silêncio, o avermelhado das paredes e o piso de cimento queimado, bem como a distância considerável entre as peças, provoca uma atmosfera minimalista e quase meditativa.
Enfim, um espaço expositivo tem outras funções além do abrigo dos materiais. Uma delas é agir sobre e com o visitante/espectador, assim como faz a dramaturgia, rumo à criação de um sentido.
O museu também conta com um bosque de árvores frutíferas e jardins planejados, onde eventualmente podem ser instaladas algumas obras, tais como a instalação sonora de Louise Lawler. Intitulado Birdcalls, o trabalho realizado entre 1972 e 1981, reúne ruídos vocais de Joseph Beuys, Sol Lewitt, Cy Twombly, Andy Warhol, entre outros artistas e convidados, que remetem a pássaros.
Ao longo das próximas postagens, comentarei sobre alguns dos artistas expostos no Dia: Beacon, assim como outras informações acerca do local. Em caso de interesse imediato, sugiro consultar o site da fundação aqui.
Espaço do artista Richard Serra (Foto: Adélia Nicolete) |
O prédio recebeu o nome de seu principal financiador, o empresário Leonard Riggio. As chamadas Riggio Galleries são espaços projetados especialmente para cada artista e a iluminação natural, em permanente diálogo com as obras, é garantida pelas janelas e claraboias.
Espaço do artista On Kawara (Foto: Adélia Nicolete) |
É curioso imaginar a "dramaturgia" do Museu. Os critérios utilizados para a distribuição dos artistas e das obras, bem como da circulação do público e o tipo de informação que ele recebe na entrada de cada sala. Lembra um espetáculo processional, daqueles em os espectadores dirigem-se para a cena que lhes interessa e estabelece uma sequência particular. *
Podemos imaginar o tipo de sensação pretendida pela curadoria: o impacto das obras gigantescas, seguido pelo espaço sem paredes dos trabalhos ao rés do chão ou de fosso. A distância entre as peças, aquelas que podem ser vistas logo que se chega ao topo da escada e aquelas que já podem ser vislumbradas no fundo da galeria. Louise Bourgeois, por exemplo, está no primeiro andar, num pavilhão só dela. O silêncio, o avermelhado das paredes e o piso de cimento queimado, bem como a distância considerável entre as peças, provoca uma atmosfera minimalista e quase meditativa.
Crouching Spider - Louise Bourgeois - 2003 (Foto: Bia Borin) |
Parte da galeria destinada ao acervo de Louise Bourgeois (Foto: Adélia Nicolete) |
Enfim, um espaço expositivo tem outras funções além do abrigo dos materiais. Uma delas é agir sobre e com o visitante/espectador, assim como faz a dramaturgia, rumo à criação de um sentido.
O museu também conta com um bosque de árvores frutíferas e jardins planejados, onde eventualmente podem ser instaladas algumas obras, tais como a instalação sonora de Louise Lawler. Intitulado Birdcalls, o trabalho realizado entre 1972 e 1981, reúne ruídos vocais de Joseph Beuys, Sol Lewitt, Cy Twombly, Andy Warhol, entre outros artistas e convidados, que remetem a pássaros.
Jardim reservado à proposta de Louise Lawler (Foto: Adélia Nicolete) |
Jardim à entrada das Galerias Riggio (Foto: Adélia Nicolete) |
Jardins atrás das Riggio Galleries (Foto: Adélia Nicolete) |
Ao longo das próximas postagens, comentarei sobre alguns dos artistas expostos no Dia: Beacon, assim como outras informações acerca do local. Em caso de interesse imediato, sugiro consultar o site da fundação aqui.
Adélia Nicolete
Essas viagens que proporcionam ganhos incalculáveis à nossa alma sedenta de arte! Como não conhecia o espaço, eu através de você também adquiri conhecimento e cultura mantendo o amor à arte alimentado!! Delícia de passeio!
ResponderExcluirQue bom que curtiu, Elaine. Aos poucos, registro outras atrações do museu. Duas delas seus queridos: Louise Bourgeois e Joseph Beuys.
ResponderExcluirBeijos e obrigada pela visita constante! :)